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Tim Maia
Nome da música que está tocando.

Anos 70

Foi na década de setenta que Tim Maia finalmente mostrou ao Brasil a força do seu talento.

O caminho para o sucesso foi pavimentado nos anos anteriores, quando Tim Maia trabalhou com diversos artistas renomados (Erasmo, Elis Regina, Mutantes), cantou em programas de TV com o pessoal da Jovem Guarda e fez o seu nome como um músico completo e talentoso.

Em 1969, o compacto de ” Primavera”, composição do parceiro de banda Cassiano, explodiu nas rádios e o catapultou para a fama.

O Estouro

A consagração definitiva veio em 1970 com “Tim Maia”, seu primeiro LP, que foi lançado pela gravadora Polydor após uma indicação dos Mutantes. O sucesso foi simplesmente arrasador, o álbum vendeu mais de duzentas mil cópias e se manteve por seis meses em primeiro lugar no Rio de Janeiro, com destaque para as faixas “Azul da Cor do Mar”, “Coronel Antônio Bento” (Luís Wanderley e João do Vale), “Primavera (Cassiano) e “Eu Amo Você” . Para fechar o ano com chave de ouro, Tim gravou “Chocolate”, que originalmente era um jingle para a Associação Brasileira dos Produtores de Cacau e se transformou em mais um enorme sucesso.

Nos três anos seguintes, ainda na Polydor , lançou mais três LP´s homônimos que foram grandes êxitos de vendagem e execução nas rádios. Canções como “Não Quero Dinheiro (Só Quero amar)”, “Gostava Tanto de Você” (Edson Trindade) e “Réu Confesso” caíram no gosto do povo e animaram festas e bailes por todo o país.

Racional: Em Busca da Imunização

Na década de 1970, conheceu Manuel Jacintho Coelho, líder da polêmica doutrina Cultura Racional. Tim mergulhou de cabeça nas idéias do guru ao ler a série de livros chamados de “Universo em Desencanto” e mudou de forma drástica seu estilo de vida, que de desregrado e boêmio, passou a ser disciplinado e saudável. A influência da Cultura Racional também atingiu a música e Tim decidiu fazer dois álbuns chamados Tim Maia Racional, volumes Um e Dois , ambos lançados pelo seu próprio selo batizado de Seroma (palavra “amores” ao contrário e abreviação do próprio nome, “Sebastião Rodrigues Maia”).

Esses discos são considerados verdadeiras obras-primas, principalmente pela fortíssima pegada de soul e funk, e pela ótima forma física que foi extremamente benéfica para a qualidade de sua voz.

Depois Tim Maia se decepcionou com a Cultura Racional, se desentendeu com o Mestre Manuel e abandonou a seita. Ele retirou de circulação os discos que se tornaram valiosos itens de colecionadores. O sucesso “Imunização Racional” é apenas uma de várias pérolas presentes nesses trabalhos.

Nos anos 2000 novas faixas deste período foram descobertas, elas acabaram se tornando o disco “Racional Volume Três”, com destaque para as canções: “You Gotta Be Rational”, “Escrituração Racional”, “Brasil Racional”, “Universo em Desencanto Disco”, “O Grão Mestre Varonil”, “Do Nada ao Tudo” e “Minha Felicidade Racional”.

Em Família

Em 1975, Tim realizou o grande sonho de ser pai, e no dia 24 de janeiro Carmelo Maia veio ao mundo.

Uma curiosidade: Tim o registrou como Carmelo , mudou de idéia no mesmo dia e anunciou para toda família que Telmo tinha sido o nome escolhido. “Telmo” passou anos sem saber que seu nome de batismo era Carmelo, e só descobriu seu nome verdadeiro quando entrou para a escola.

Carmelo, o orgulho de Tim Maia, se formou em direito, artes cênicas e hoje administra a Seroma Produções e a Vitória Régia Discos.

Nos Embalos da Discoteque
Depois da fase racional, em 1978, Tim Maia aproveitou a explosão da “disco music e fez um dos seus discos mais populares e conceituados, o seminal “Tim Maia Disco Club”, que lançou um dos seus maiores hits, o petardo “Sossego”.

O álbum teve a participação de um supertime de músicos como Banda Black Rio, Hyldon, Pepeu Gomes e várias outras feras .